Keblinger

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Sobre-ausências... por @ValcirMachado

| terça-feira, 20 de março de 2012


Ao voltar, tudo estava como havia deixado: o chinelo na porta, a toalha embolada, o prato sujo na pia. Era a solidão fotografada. 

Não é mais o tempo o que mais temo
Mas a distância que dele me faz prisioneiro
Preso num esperar sem fim
Sem passar, um nunca chegar 

A ausência que perdura será substituída por presenças. 

Sobe em tua lua e visita minha estrela, que vista de baixo parece lírio, mas que de perto sou eu. 

De onde retomar o fôlego que me falta quanto te vejo! Tranças em minha frente como lenço soprado ao vento, meu ar que rarefeito. 

Separa apenas o que é meu. Do que lhe dei, quero só o coração.


Imagem daqui

1 comentários:

Anônimo at: 22 de março de 2012 às 08:50 disse...

O tempo, a ausência, a lua de todos nós, o amor que nos impulsiona a seguir em frente...
Bela alma a sua de poeta!
Um abraço carinhoso, Valcir!

 
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